Olá galera estou aqui trazendo para vocês uma pequena análise do mais novo sucesso, ou não, que a Toei Animation criou. Isso mesmo... Falo do mais novo Saint Seiya, conhecido como Os Cavaleiros do Zodíaco aqui no Brasil. Saint Seiya Omega vem querendo trazer um novo grupo de fãs, mais infantil, à série tão consagrada do Masami Kurumada.
Com muita polêmica até agora, a obra traz elementos que desagradam profundamente os fãs antigos, mas também consegue cativá-los pelas várias referências, como um fã incontestável da série clássica não poderia deixar de tocar nesses elementos.
O traço desagradou em muito os fãs originais, as novas armaduras perderam os detalhes e se tornaram algo como roupões colantes. Essa simplificação retirou uma parte da beleza do anime, além de agora não serem mais transportadas em urnas e sim em jóias, que, apesar de ser justificada pela história, não desceu muito bem. As figuras humanas ficaram mais afeminadas e infantis devido à faixa etária que o anime pretende atingir. Muitos dizem que o traço piorou. Concordo em partes, o anime clássico passou por vários traços com o passar do tempo, o que torna a comparação um tanto complicada, mas em termo de figura humana, esse me agrada bem mais e em contra partida o Omega traz lindos cenários.
O enredo se passa 25 anos pós o termino da Saga de Hades. Seiya, agora cavaleiro de Sagitário, supostamente morreu em uma luta contra o vilão Mars para salvar Atena e o personagem principal, ainda bebê, que acaba sendo criado pela deusa, que não revelou sua identidade ao coitado a custo de só Deus sabe o porquê. O menino chamado Kouga cresce e é treinado por Shina, apesar de aparentar ser talentoso ele não faz a mínima questão de ser um cavaleiro, afinal ele tem uma vida feliz, mora em sua ilha com a mãe adotiva (Saori), o Tatsumi (mordomo da Saori que aparece na série clássica) e Shina (sua tutora). Pra que ele iria querer sair dali e ir para um santuário viver protegendo uma deusa que ele nem conhece? Claro, se Saori tivesse contado que é Atena, muito provavelmente o garoto iria querer treinar pra proteger sua mãe. Esse pensamento fez muitos fãs antigos acharem sem nexo essa parte da trama. Atena é atacada pelo novamente por Mars, que não havia sido morto por Seiya. Durante o embate entre ele e a deusa Shina se mete e acaba sendo surrada. Kouga também se mete e a armadura de pégaso reage a ele vestindo-o para o combate, o que não adianta muito. No fim Atena acaba sendo sequestrada e o mais novo cavaleiro vai procurá-la.
Em sua viagem o jovem encontra mais um cavaleiro, esse explica que existe um elemento para cada cosmo, depois é explicado que essa questão dos elementos é devido ao fato das armaduras terem se fundido as gemas especiais dando-as elementos. Isso acabou limitando a idéia do cosmo em Cavaleiros do Zodíaco, na série clássica o cosmo podia ser usado de várias formas dependendo da habilidade do personagem e isso incluía transformar seu cosmo em determinado “elemento”, exemplo: o caso Ligthing Bolt do Aiolia que possui uma rajada elétrica, mas nada disso tinha a ver com seu elemento e sim com seu controle de cosmo, assim como Afrodite que transforma seu cosmo em sólido criando rosas, Ikki em fogo, etc. Mais uma vez isso deixou os fãs em nervos, sendo mais uma coisa que não precisava mexer. Outro ponto que também foi discutido dentro da mesma explicação desse novo cavaleiro foi a existência de uma escola para cavaleiros de bronze chamada Palaestra. Na séria clássica os cavaleiros, mesmo os de bronze, já tinham seu treinamento concluído e tinham autonomia, sendo respeitados, no Omega eles são como crianças em treinamento, que aparenta, por sinal, ser bem mais leve que os enfrentados pelos guerreiros antigos para conseguirem suas armaduras.
Até agora, a história passou por um período parado, Kouga encontrou em Palaestra vários personagens peculiares, como Ichi e Hidra e Geki de Urso da série clássica, Ichi ainda é um aluno devido ao fato de não conseguir controlar seu elemento, o que não faz sentido, na série clássica ele era um cavaleiro com certo renome, Geki é um dos professores do local. Encontrou também o filho e herdeiro, em relação à armadura, de Shiryu, que assim como Seiya se tornou uma lenda, Kouga e o filho da lenda se enfrentam, fazendo uma referência a luta de Seiya e Shiryu na série clássica, mas dessa vez a vitória é do Dragão que tem uma noção do cosmo bem maior que Kouga. Essas referências e personagens trazem aos fãs mais antigos uma curiosidade para saber como o resto dos personagens clássicos estão e isso acaba prendendo-os na série, no meu caso estou muito curioso para saber onde está o Kiki. Continuando o enredo até aqui, os cavaleiros de bronze começaram a participar de um torneio entre eles, o vencedor será promovido a cavaleiro de prata e terá a chance de falar com Atena, sendo este o objetivo de Kouga, novamente algo muito estranho já que ele viu Atena ser sequestrada e fica indo sem muita desconfiança na conversa dos outros que supostamente sabem onde Atena está. Depois de algumas lutas, inclusive entre Kouga e seu companheiro( o cavaleiro que ele encontrou e o mostrou a Palaestra), uma Atena visita um santuário e se encontra com Kouga, esse percebe que ela não é a verdadeira, aparecendo Ionia, diretor da Palaestra e cavaleiro de Capricórnio, que revela que é um "adorador" de Mars, uma semelhança com Shura, cavaleiro de Capricórnio do clássico, que no mangá também era traidor. Por fim Palaestra é tomada por Ionia a mando de Mars. A história deu uma acelerada muito rápida, as lutas rápida não deixam claro o poder dos principais, o máximo que conseguimos acompanhar bem é a evolução de Kouga.
Kouga acaba sendo preso após enfrentar, sendo totalmente humilhado por Ionia. Na prisão se encontra com um personagem singular chamado Haruto, personagem extremamente críticado, pois é um ninja que ataca com jutsus. Muitos afirmam que é uma cópia barata do anime Naruto, mas vale salientar que essa história de jutsus e ninjas existiam bem antes do anime em questão. Naruto apenas utilizou, a sua maneira, o que já existia. Pode-se dizer que o Saint Seiya Omega pegou carona ou que copiou um pouco o estilo, mas não dizer que é um cópia completa. Até agora os cavaleiros de bronze principais estão fugindo do novo Grande Mestre do Santuário, Mars, que tomou as 12 casa e transformou em algo chamado Torre Babel.
A trilha sonora é bem elaborada, trazendo o clássico “Pegasus Fantasy” em uma nova versão mais lenta, mas também muito boa de ouvir. A cada momento temos uma música que combina com o ambiente e situação, não são tão marcantes, até agora, como as do clássico, que é sem dúvida uma das mais marcantes trilhas dos animes, mas é gostosa e bem encaixada. Percebe-se um envolvimento e seriedade no trabalho, ainda está cedo para dar uma análise mais firme sobre esse aspecto, vamos esperar e ver se será digna ou não.
Bem galera, basicamente é isso que posso dizer até agora sobre a continuação de um anime que marcou profundamente o Brasil. Ele está mais infantil sim, a “escolinha de cavaleiros”, a personalidade dos personagens, o enredo, a falta de sangue, o traço e muito mais confirmam isso, mas não se tornou idiota a ponto de um fã antigo não conseguir ver. As várias mudanças sem razão sim, deixa-os irritados, mas acabam se balanceando com as referências, que estão interessantes em sua maioria. Portanto Saint Seiya Omega acaba sendo um anime singular, à medida que está atraindo um novo público à série, causa discussões fortes entre a “velha guarda”, que em geral só consegue gostar caso se desprenda razoavelmente em relação ao primeiro.
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